domingo, 21 de agosto de 2011


Ela queria tanto se afastar que fechou os olhos, se encolheu pequena em casulo de si mesma e esqueceu de abri-los uma vez mais. Não pode ver enquanto a vida passava. Ele veio feito brisa e soprou leve na pequena menina e como um pequeno feixe de luz penetrou por entre os dedos que serviam de máscara e ocultavam os doces olhos. Lutou com a persistência e delicadeza de água, perfurando as barreiras que a fechavam para, por fim, despertá-la. E assim, os olhos que há muito esquecidos estavam, despertaram para a vida novamente.

Meu Querer


Ai! Que vontade de te colocar no colo, fazer um cafuné e te dizer que tudo vai ficar bem. Que vontade de afagar teu coração, te livrando dessa dor que não merece estar em ti. Que vontade de colher cada lágrima tua derramada e transformá-las em chuva que cai pra lavar a tua alma. Que vontade de te abraçar aqui pertinho, em silêncio, só pra te ouvir respirar. Que vontade de sentir teu coração batendo perto do meu num ritmo que se completa. Quanta vontade de você.