sábado, 27 de outubro de 2012

Minhas 50 pequenas alegrias



  1. O Sol num dia frio.
  2. Ler.
  3. Escrever.
  4. Chocolate.
  5. Massagem nos pés.
  6. Sorrir/gargalhar.
  7. Cinema.
  8. Sorvete.
  9. Livros.
  10. Conversar.
  11. Salto alto.
  12. Literatura.
  13. Beijar.
  14. Abraçar.
  15. Olhar as nuvens.
  16. Contar estrelas.
  17. Dormir.
  18. Uma nota 10 na faculdade...
  19. Ensinar.
  20. Aprender.
  21. Cantar.
  22. Ouvir música.
  23. Dançar.
  24. Olhar o mar.
  25. Cafuné.
  26. Encontrar os amigos.
  27. Matar a saudade.
  28. Mandar sms.
  29. Barulho e cheiro de chuva.
  30. Vestidos.
  31. Banho quente.
  32. Passar a noite acordada.
  33. Pavê de chocolate.
  34. Meus cabelos longos.
  35. Comprar óculos.
  36. Ficar na internet.
  37. Deitar na areia.
  38. Pisar na grama.
  39. Ouvir “Eu te amo”.
  40. Dizer “Eu te amo”.
  41. Ganhar dinheiro.
  42. Receber um elogio.
  43. Fazer as pazes.
  44. Montar quebra-cabeça.
  45. Cheiro de café.
  46. Brigadeiro de colher.
  47. Poesia.
  48. Pintar as unhas de vermelho.
  49. Receber colo.
  50. Fazer alguém sorrir. 

domingo, 30 de setembro de 2012




Me encante da maneira que você quiser, como você souber.
Me encante, para que eu possa me dar…
Me encante nos mínimos detalhes.
Saiba me sorrir: aquele sorriso malicioso,
Gostoso, inocente e carente.

Me encante com suas mãos,
Gesticule quando for preciso.
Me toque, quero correr esse risco.

Me acarinhe se quiser…
Vou fingir que não entendo,
Que nem queria esse momento.

Me encante com seus olhos…
Me olhe profundo, mas só por um segundo.
Depois desvie o seu olhar.
Como se o meu olhar,
Não tivesse conseguido te encantar…

E então, volte a me fitar.
Tão profundamente, que eu fique perdido.
Sem saber o que falar…

Me encante com suas palavras…
Me fale dos seus sonhos, dos seus prazeres.
Me conte segredos, sem medos,
E depois me diga o quanto te encantei.

Me encante com serenidade…
Mas não se esqueça também,
Que tem que ser com simplicidade,
Não pode haver maldade.

Me encante com uma certa calma,
Sem pressa. Tente entender a minha alma.

Me encante como você fez com o seu primeiro namorado…
Sem subterfúgios, sem cálculos, sem dúvidas, com certeza.

Me encante na calada da madrugada,
Na luz do sol ou embaixo da chuva….

Me encante sem dizer nada, ou até dizendo tudo.
Sorrindo ou chorando. Triste ou alegre…
Mas, me encante de verdade, com vontade…

Que depois, eu te confesso que me apaixonei,
E prometo te encantar por todos os dias…
Pelo resto das nossas vidas!

                                                                                 (Me Encante - Pablo Neruda)

terça-feira, 14 de agosto de 2012





Veias que se rompem,
Dor que escorre pelos olhos.
Sensação de impotência.
Inutilidade.

Cada fio que cai, 
Uma lágrima ali, outra aqui.
Pranto silencioso.
Ninguém viu...

Marcas pelo chão,
Mais que poeira.
Varreram pra debaixo do tapete.
Escondida ali, 
Mas tão presente.

Mas eu vi, eu vivi.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

... Ah! Você



Voa, voa pra bem longe.
Pra onde não pude ir.
Vá, vá mais rápido
Que o futuro já passou e você aqui...
Desprenda teus pés,
Solte tuas mãos.
Corra.
Desapegue.
Mas não de mim,
Volte alguma vez e me entregue
Aquele doce beijo que recordo por tantas noites.
Eu vou sentir saudade.
Saudade de... ah! Você.

Secou



Silêncio, por favor.
Não quero mais ouvir
Essas palavras que machucam tanto.
Me deixe aqui com meus soluços abafados
No meu pranto silencioso.
Mal ocupo espaço no sofá frio,
Encolhida num canto, abraçada às pernas
Cobrindo os ouvidos.
Deixe estar que lágrima lava a alma e depois... depois seca.

segunda-feira, 26 de março de 2012


Me desculpe, meu amor, tive que partir para entender essa ânsia de você.
Você virou o meu mundo, mas tenho que encontrar a minha própria vida.
Me desculpe pelas lágrimas derrubadas no papel, pelas letras borradas.

Fui sem um último abraço, porque um abraço me faria ficar...
Por certo, menos que isso.
Me desculpe por sair assim, mas sou tragada por teus olhos cada vez que te vejo.

Me perdoe por não poder te encarar,
Por ser essa pessoa que precisa ir para entender por que deveria ter ficado.
Por ser quem foi embora.

Sou fraca, meu querido.
Pois minha força era a tua força.
Preciso sobreviver sem ti por pelo menos esses tristes tantos dias.

Mas olha, não chore não.
Sabes que sou complexa assim mesmo.
Preciso de mais tempo que as outras para me sentir inteira.

Vou e volto; grito e sussurro; arranho e deslizo...
Para o aconchego do teu corpo, minha casa.
Sempre pra você.

quinta-feira, 22 de março de 2012


É tão difícil que às vezes acho que não vou conseguir.
Uma vez que a porta tenha sido fechada,
Abri-la tornou-se cada vez mais impossível.
É como se a felicidade fosse uma realidade distante
Ou melhor, irreal.

Dói e eu tenho medo.
Quero desistir a cada momento
Fechando-me ainda mais
Enclausurada em mim.
Fora de alcance para tudo e todos.

Mas aqui dentro, mesmo que ainda presa,
Há a vontade de sorrir novamente
De ver o mundo de novo.
Espero pacientemente, ou não,
Pelo dia quem que uma brecha em meu peito se abrirá
E assim, quando a luz entrar, eu possa ser eu novamente.

Talvez eu devesse estar fazendo outras coisas, mas não consigo sair da frente dessa tela.

Minhas mãos voam involuntariamente famintas para as teclas já tão familiares ao toque.

As palavras surgem de repente, sem nenhum esforço a mais

Simplesmente brotam de mim,

Como uma fonte jorrando milhões de pensamentos que sentem vontade de conhecer o mundo

Ou de que o mundo os conheça.

Passo as madrugadas acordada,

Tendo somente o silêncio como companheiro

E o som das teclas sob meus dedos como única música.

As horas passam sem que eu me dê conta

Nada mais importa até que tudo tenha saído.

Vejo o sol nascer da minha janela,

Minha vista pesa e sei que a qualquer momento

O despertador vai tocar, me trazendo de volta ao mundo.

Com uma vontade que vai além da minha compreensão,

Levanto-me preguiçosamente e parto, rumo ao cotidiano.

Vejo as mesmas pessoas, escuto as mesmas vozes, ando o mesmo caminho,

Somente para poder voltar ao ponto de partida e, assim, conseguir finalmente retornar ao mundo de onde nunca desejei ter saído.

O meu mundo, governado pelas minhas palavras.

Dormir? Dormir é para os comuns.

domingo, 4 de março de 2012

“Vai chover, mas que importa, não vou sair. Vai fazer sol, que importa, você não vem. Nada interessa da janela pra lá, se da janela pra cá eu estou sozinho.”

                                                                                      - Caio Augusto Leite
"Você tem cheiro de roupa limpinha com mente suja e eu quero te rasgar inteiro. Mas apenas te dou um beijinho no rosto. Preciso me comportar."

                                                                                        - Tati Bernardi

sábado, 11 de fevereiro de 2012

O Guarda-Chuva


— Parece que vai chover.
— Parece sim.
— Pra mim já chove há algum tempo...
— Por que não abres um guarda-chuva e te proteges?
— Tentei uma vez, mas a chuva me pegou pelos lados.
— Então você não tentou mais nada?
— Tentei, mas me senti preso. Faltava alguma coisa, sabe? — Ele deu de ombros.
— E se chover agora?
— Simples, eu vou me molhar.
— Você tem medo?
— Não mais. Aprendi a seguir em frente.
— Mas e a chuva? Você vai se molhar!
— Eu sei. Certas coisas não há como evitar.
— O que devo fazer com meu guarda-chuva então?
— Jogue ele fora, se quiser. É só chuva. Se molhe.
— Mas tem hora que parece gelar os ossos.
— Eu sei, mas o que seria a vida se não nos molhássemos de vez em quando?
— Você tem razão.
Joguei-o no lixo. A chuva caiu.

O Que Eu Queria?


Eu queria que todos esses rabiscos tivessem forma.
Eu queria que cada palavra saísse sem dor.
Eu queria que cada letra não saísse feito rasgo do meu coração.
Eu queria que de cada sussurro e cada suspiro saísse poesia.
Eu queria que todas aquelas lágrima não fossem em vão.
Eu queria a verdade, mas a verdade tem doído tanto que viver na mentira parece até um sonho.
Eu queria um abraço, mas o que chega é como mil tentáculos que me prendem, sufocam, até eu não poder mais.
Eu queria um beijo, mas as bocas que aparecem trabalham e se empenham em ferir, maldizer, tecer mentiras.
Eu queria o amor, mas no meio disso tudo perdi o rastro dele.
Mas isso... Isso era só o que eu queria.

Versos Íntimos

Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

                                                                      Augusto dos Anjos

Pra quê?



– Pra quê serve o amor?
– Certa vez me disseram que é o que mantém tudo junto.
– Mas vejo tanta gente separada...
– Vai ver não era amor.
– Dá pra saber quando é?
– Não sei, acho que dá pra sentir.
–O que você sente?
– Dor. Eu sinto dor.
– Dor? Dor de que?
– Dor de amor quando tenho que assistir você ir embora; dor quando você vira as costas e começa a andar para longe; dor quando você fecha os olhos e eu perco por uma fração de segundo todo aquele brilho; dor quando você está longe e não posso sentir seu perfume; dor quando só a memória frágil me traz uma mera cópia do seu sorriso... Mas nada se compara a dor da espera pela próxima vez em que te verei.

Os dois se entreolham.

–Parece que você não vai aguentar e que uma parte do seu coração se quebra e se cola... De novo e de novo. Não é?
– Você sabe...
–Sim, eu sei.
–Eu te amo.
–Eu te amo.

Talvez o amor sirva mesmo para manter tudo junto.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Estrelas, Teus Olhos.



Em noites assim que eu sinto mais a sua falta. Aqui sentada, encarando as estrelas, penso no quanto seria bom estar em seus braços.
Eu poderia dizer que a lua sussurra para mim, como tantos outros já disseram, mas é a sua voz que escuto tão perto do meu ouvido como uma suave carícia que ludibria meus sentidos, me fazendo acreditar que você está ao alcance das mãos.
O vento soprou agora, balançou meus cabelos e quase pude sentir como se fossem seus dedos. Sorri mesmo sem querer, mesmo para ninguém. Sorri para você que está aqui, sussurrando pela lua, me tocando pelo vento. Serão as estrelas teus olhos?
Quando fecho os meus, posso ver-te. Estarei louca? Não demore mais, preciso de tua real presença. Minha memória e imaginação não fazem jus. Vem para mim.

O Vestido Azul


Ela fechou os olhos e sentiu o vento fraco vindo de nenhum lugar soprando em seu rosto. Sentiu-se beijada pela brisa que acarinhavam os cabelos castanhos. Os lábios pequenos sorriram tímidos, num quase imperceptível movimento. Ela estava longe. Com um mar cheio de mistérios dentro do coração, que escondia grandes segredos, era constante o medo de se afogar em si mesma; de enredar-se por um caminho sem volta; de descobrir que o avesso era ainda pior.
Uma gota caiu das nuvens cinza que alheias a moça deitada na areia, choravam, escorreu pela bochecha pálida e sossegou nos lábios róseos. Começava a chover, mas ela queria sol. As gotas, agora mais severas, fustigavam a areia e encharcavam o vestido azul da menina. Ela não se importava com o tempo, envolvida numa excursão atrás do que há muito abrigava naquele oceano de superfície serena. Mergulhou.
Depois de tanto desejar, de tanto procurar, de tanto querer, abriu os olhos e enfrentou a tempestade. Limpou a areia grudenta dos braços, das pernas e se levantou. Ela conhecia a si mesma, sabia do mais profundo de si. Ajeitou o vestido azul molhado e foi atrás de um novo sol.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Tenho medo de escrever. É tão perigoso. Quem tentou, sabe. Perigo de mexer no que está oculto - e o mundo não está à tona, está oculto em suas raízes submersas em profundidades do mar. Para escrever tenho que me colocar no vazio. Neste vazio é que existo intuitivamente. Mas é um vazio extremamente perigoso: dele arranco sangue. Sou um escritor que tem medo da cilada das palavras: as palavras que digo escondem outras - quais? Talvez as diga. Escrever é uma pedra lançada no fundo do poço.
Clarice Lispector

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Perfecta

Se olha no espelho sem gostar do que encontra 
Ela quer fazer notar 
Que é mais do que aparenta 
Cheia de insegurança, tem tanto para dar 
Será ela escrava do que as pessoas pensam dela? 
Prisioneira em seu corpo como triste consequência.
Agora deixa de buscar, que tua alma quer falar. 
Feche os olhos e vê sua beleza interior 
Não tenhas medo de ser o tesouro que você esconde hoje. 
Perfeita te fez Deus. 
Agora viva, sinta, aceita 
Tudo o que te rodeia 
E aprende a amar-te pelo o que você é 
E não por sua aparência 
Pois a beleza não é a que dá felicidade 
O que você pensa vale como ouro. 
Sua alma é um bendito tesouro.


                                                                         Jesse & Joy