quinta-feira, 22 de março de 2012


Talvez eu devesse estar fazendo outras coisas, mas não consigo sair da frente dessa tela.

Minhas mãos voam involuntariamente famintas para as teclas já tão familiares ao toque.

As palavras surgem de repente, sem nenhum esforço a mais

Simplesmente brotam de mim,

Como uma fonte jorrando milhões de pensamentos que sentem vontade de conhecer o mundo

Ou de que o mundo os conheça.

Passo as madrugadas acordada,

Tendo somente o silêncio como companheiro

E o som das teclas sob meus dedos como única música.

As horas passam sem que eu me dê conta

Nada mais importa até que tudo tenha saído.

Vejo o sol nascer da minha janela,

Minha vista pesa e sei que a qualquer momento

O despertador vai tocar, me trazendo de volta ao mundo.

Com uma vontade que vai além da minha compreensão,

Levanto-me preguiçosamente e parto, rumo ao cotidiano.

Vejo as mesmas pessoas, escuto as mesmas vozes, ando o mesmo caminho,

Somente para poder voltar ao ponto de partida e, assim, conseguir finalmente retornar ao mundo de onde nunca desejei ter saído.

O meu mundo, governado pelas minhas palavras.

Dormir? Dormir é para os comuns.

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