domingo, 29 de dezembro de 2013

Ao meu...





                      ,
Te escrevo porque essas palavras me doem menos assim do que ditas. Te escrevo porque sempre que tento falá-las, elas tropeçam, esbarram nos dentes e não saem; ou saem tortas e tontas.
Eu gosto de você tanto, que agora percebo que não posso te ter. E quem somos nós para termos uns aos outros? Eu não sei, só sei que eu te quero.
Você faz com que eu me sinta viva, mulher. E ao mesmo tempo há esse peso no meu peito que dói e fere. Não queria que fosse assim, entretanto é.  
Mas chega um momento em que é preciso ter certezas. E você, pra mim, tem sido incerto... E eu me sinto velha pra incertezas, pra esse ser e nada ser.
Não posso dar o que você quer; você não pode ser o que preciso. E talvez esse reencontro tenha servido para que percebamos que, também, não é agora a nossa hora.
Clarice uma vez escreveu sobre Lóri. E Lóri fazia de conta em tudo na vida. Não quero mais fazer de conta; Eu quero mais, porque fazer de conta machuca.

Nenhum comentário:

Postar um comentário