quarta-feira, 29 de junho de 2011

Amor,

Passei muitas horas tentando escrever-te. Gastei muitas folhas com palavras que nunca chegavam perto do que preciso dizer a ti. Desculpe-me se mesmo após todas essas tentativas, ainda pareça pouco. Eu estou apaixonada, Amor, e não sei o que fazer. É um sentimento tão forte que não cabe aqui dentro. Sinto-me uma caixinha pequena demais para guardá-lo, mas receio tanto em deixá-lo sair. Será egoísmo meu querer guardá-lo aqui juntinho de meu peito? Amor, você me pegou de jeito, sou marionete em suas mãos imprevisíveis. Não sou mais eu mesma. 
O que posso fazer agora, Amor? Estou tão perdida que até não encontro as palavras certas para por aqui. Amor, não sei se me amas e isso está acabando com o que resta de mim. Estou dividida: de um lado sou amor e do outro medo-dúvida. Essa incerteza me enlouquece! Ah, como quero culpar-te por tudo! Já nem sei mais o que digo, o que penso. Preciso me encontrar, mas como fazê-lo se estou andando por todas as ruas erradas? 
Essas ruas... como são intransponíveis! Caí muito em seus buracos, ralei demais meus joelhos. Corri no escuro, caminhei em precipícios, mas sempre continuei seguindo atrás dum sei-lá-o-quê. Agora estou estagnada, perdi a direção. 
Esse amor estranho me cegou, não vejo mais o caminho. 
Meu Amor, escrevo essa carta na esperança de que um dia você a leia e venha até mim, que mesmo cega continuarei andando, guiada pelo sentimento. Espero que um dia esbarres em mim e me faça ver de novo. Porque no dia em que estivermos juntos, estarei completa novamente.

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