quarta-feira, 15 de junho de 2011


Eu tenho andado de olhos meio abertos por esse mundo hostil , me equilibrando em meio a incertezas. Por uma vez eu queria sentir que tudo está certo. Sinto-me um vazio que ocupa espaço e talvez o seja, vazio que deseja avidamente ser preenchido, acolhido, acalentado. Sinto tanto aqui dentro que pareço não sentir nada. Sou contraponto de mim; antítese inevitável; sorriso tristonho. Quero aprender a viver, domar a dor, controlar o pranto e finalmente ser. Ser o que? Não sei. Somente ser, deixar de apenas existir. A noite é berço de minhas divagações intermináveis. Ela me conta entre sussurros imaginados que viver é um eterno descontrole de ser. Mas o que eu sou? O que um vazio, mesmo um que ocupe espaço, é? O murmúrio noturno responde que sou faminta de amor; que a dor é no coração, mas não só naquele que bate, é naquele que sente; que o pranto é o coração de sentimento querendo amar e amor; que para aprender a viver é preciso aprender a amar, mas que amar não se aprende, se sente. 
A noite me diz: Menina, você é contradição, inspiração, vontade. Eu digo: Quero ser amor.

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